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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL

Desejamos a todos um Natal de Paz e Luz, lembrando que o homenageado é Jesus, nosso modelo e guia.

PERFIL DE JESUS

Perfil de Jesus
Toda especial foi a Sua vida.

Anunciado por profecias, sonhos e anjos, Ele esteve aguardado pela ansiedade do povo, pelo orgulho nacional de raça e o despotismo dos dominadores políticos que O desejavam guerreiro arbitrário e apaixonado.

Quando o silêncio espiritual pairava em Israel, Ele nasceu no anonimato de uma noite gentil, numa manjedoura, cercado por animais domésticos e assistido pelo amor dos pais humildes, sem outras testemunhas.

Seus primeiros visitadores eram amantes da natureza, pastores simples, logo seguidos por magos poderosos, num contraste característico, que sempre assinalaria a Sua jornada entre os homens.

Nas paisagens de Nazaré Ele cresceria desconhecido, movimentando-se entre a carpintaria do pai e as meditações nas campinas verdejantes, confundido com outros jovens sem qualquer destaque portador de conflitos antes da hora.

Amadureceu no lar como o trigo bom no solo generoso, e, quando chegou a hora, agigantou-Se na sinagoga, desvelando-Se e anunciando-Se.

Incompreendido, como era de esperar-se, saiu na busca daqueles que iriam segui-Lo e ficariam como pilotis da¬ Nova Era que Ele iniciava.

No bucolismo da Galiléia, pobre e sonhadora, fértil e rica de beleza, Ele começou o ministério que um dia se alargaria por quase toda a Terra, apresentando o programa de felicidade que faltava às criaturas.

Jamais igualado, Sua voz possuía a mágica entonação do amor que penetra e dulcifica, ensinando como ninguém mais conseguiu fazê-lo.

A majestade do Seu porte confundia os hipócritas e desarmava os adversários gratuitos, pela serena inocência, profunda sabedoria e invulgar personalidade.

Nunca Se perturbou diante das conjunturas humanas, sobre as quais pairava, embora convivendo com gente de má vida, pecadores e perversos, pobres desesperados e ricos desalmados, vítimas morais de si mesmos no vício e perseguidores contumazes...

Ele compreendia a pequenez humana e impulsionava os indivíduos ao crescimento interior, às conquistas maiores.

Penetrando o futuro referiu-Se às hecatombes que a insânia humana provocaria, mas apresentou também a realidade do bem como coroamento dos esforços e sacrifícios gerais.

Poeta fez-Se cantor.

Príncipe tornou-Se vassalo.

Senhor converteu-Se em servo.

Nobre de origem celeste transformou-Se em escravo por amor.

Ninguém disse o que Ele disse, conforme O fez e O viveu.

Jesus é a síntese histórica da ascensão humana.

Demarcando as épocas, assinalou-as com o Estatuto da Montanha, em bem-aventuranças eternas.

Nem a morte O diminuiu. Pelo contrário, antecipou-Lhe a luminosa ressurreição, que permanece como vida de sabor eterno, varando as Eras.

Grandioso, hoje como ontem, é o amanhã dos que choram, sofrem, aguardam e amam.

Sua veneranda Presença paira dominadora sobre a Humanidade, que nEle encontra o Alfa e o Ômega das suas aspirações.

Jesus é a Vida em representação máxima do Criador, como Modelo para a Humanidade de todos os tempos.

Unamo-nos a Ele e vivamo-Lo.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 25, do livro Perfis da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

Disponível no CD Momento Espírita, v. 1, ed. Fep.

Em 11.01.2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

BEM AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO

Bem aventurados os pobres de espírito


Durante o sermão da montanha, o mestre Jesus afirmou: "bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”.

Ainda hoje muito se fala sobre tal ensinamento.

Eis que grande interesse desperta em todos os que tomaram conhecimento dos ensinos de Jesus.

No entanto, tal ensino, como tantos outros, resta ainda incompreendido pelos homens.

O que, afinal, o mestre pretendia proclamar?

Jesus proclama que Deus quer espíritos ricos de amor e pobres de orgulho.

Os espíritos ricos são aqueles que acumulam os tesouros que não se confundem com as riquezas da terra.

Seus bens não são jamais corroídos pelas traças, tampouco podem ser subtraídos pelos ladrões.

Os "pobres de espírito" são os que não têm orgulho.

São os humildes, que não se envaidecem pelo que sabem, e que nunca exibem o que têm.

A modéstia é o seu distintivo, porque os verdadeiros sábios são aqueles que têm ideia do quanto não sabem.

Por isso a humildade é considerada requisito indispensável para alcançar-se "o reino dos céus".

Sem a humildade nenhuma virtude se mantém.

A humildade é o propulsor de todas as grandes ações em todas as esferas de atuação do homem.

Os humildes são simples no falar.

São sinceros e francos no agir.

Não fazem ostentação de saber, nem de santidade.

A humildade, tolerante em sua singeleza, compadece-se dos que pretendem afrontá-la com o seu orgulho.

Cala-se diante de palavras loucas.

Suporta a injustiça.

Vibra com a verdade.

A humildade respeita o homem não pelos seus haveres, mas por suas reais virtudes.

A pobreza de paixões e de vícios é a que deve amparar o viajor que busca sinceramente a perfeição.

Foi esta a pobreza que Jesus proclamou: a pobreza de sentimentos baixos, representada pelo desapego às glórias efêmeras, ao egoísmo e ao orgulho.

Há muitos pobres de bens terrenos que se julgam dignos "do reino dos céus", mas que, no entanto, têm a alma endurecida e orgulhosa.

Repudiam a Jesus e se fecham nos redutos de uma fé que obscurece seus entendimentos e os afasta da verdade.

Não é a ignorância nem tampouco a miséria que garantem aos seres a felicidade prometida por Jesus.

O que nos encaminha para tal destino são os atos nobres, embasados na caridade e no amor incondicional.

Precisamos, também, adquirir conhecimentos que nos permitam alargar o plano da vida, em busca de horizontes mais vastos.

Pobres de espírito são os simples e nobres.

Não os orgulhosos e velhacos.

Pobres de espírito são os bons que sabem amar a Deus e ao próximo, tanto quanto amam a si próprios.

São aqueles que observam e vivem as leis de Deus.

Estudam com humildade.

Reconhece o quanto ainda não sabem.

Imploram a Deus o amparo indispensável às suas almas.

Era a respeito desses homens que o Mestre Nazareno, em Suas bem-aventuranças, estava se referindo.

Muitos são os que confundem humildade com servilismo.

Ser humilde não significa aceitar desmandos e compactuar com equívocos.

Ser humilde é reconhecer as próprias limitações, buscando vencê-las, sem alarde, nem fantasias.

É buscar, incansavelmente, a verdade e o progresso pessoal, nas trilhas dos exemplos nobres e dignos.

Pense nisso.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo denominado "Pobres de Espírito e Espíritos Pobres", do livro Parábolas e Ensinos de Jesus, de Cairbar Schutel.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

UM GRITO DE ALERTA AO CENTRO ESPÍRITA

“AS VICIAÇÕES E O VERDADEIRO ESPÍRITA”

IVO GALINDO

Como afirma Allan Kardec: “conhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo).

No nível evolutivo em que nos encontramos como reencarnados, é muito fácil nos fecharmos na gaveta da hipocrisia e vivermos de aparência, isto é: pensar uma coisa, mas falar outra e, ainda, agir diferente. Conhece-se, verdadeiramente, uma pessoa pelo nível de qualidade dos seus pensamentos.

No entanto, como não dispomos de equipamento material que classifique os pensamentos de um indivíduo, uma variável que melhor objetiva dimensionar a qualidade moral de alguém, conforme a definição do “verdadeiro espírita”, apresentada por Kardec, é o conjunto das suas atitudes práticas.

No quadro definido pelas atitudes práticas de um indivíduo, poderão apresentar-se os seus comportamentos viciosos, marcados pelo uso de quaisquer tipos de drogas, quer as aceite socialmente, como fumo e a bebida alcoólica, quer as drogas consideradas pesadas, como cocaína, craque, etc.

Para aqueles que se dizem espíritas, pesa, fundamentalmente, o exemplo. Mil frases construtivas perdem para um único mau exemplo, ou seja, a teoria edificante só tem valor real, quando se transforma em prática na vida de quem a ensina. Não basta apenas ensinar o caminho das pedras para as outras criaturas, mas o orientador precisa exemplificar, seguindo.

Isto significa que para aquele que se denomina espírita, usar charuto, cachimbo, cigarro e/ou consumir bebidas alcoólicas é precisamente igual (em função do conhecimento adquirido e da responsabilidade herdada) ao viciado em maconha, e, até mesmo, aos arremessados na sarjeta, pelo consumo da cocaína, do craque e outras drogas pesadas.

Não é suficiente nos definirmos como espíritas, mas nos classificarmos como “verdadeiros espíritas”, conforme nos incentiva Allan Kardec e nos desafia o próprio Cristo ao nos propor: “sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”. Portanto, se radicais precisamos sê-lo, na busca da perfeição, só o faremos ao seguir as orientações desses dois mestres por excelência, que jamais nos ensinaram meias verdades, porém verdades inteiras.

“Ser hoje melhor do que ontem e amanhã melhor do que hoje”, como muito bem complementa Kardec, devem ser a meta e o compromisso inadiável de todo espírita que precisa, urgentemente, contribuir para a transformação moral da sociedade tão, ainda, marcada pela corrupção tanto quanto chumbada aos vícios.

Ivo Galindo é presidente de o Grupo Espírita Novo Alvorecer (Recife-PE), co-autor dos livros Meditação Espiritual I, Meditação Espiritual II e Um Grito de Alerta ao Centro Espírita.

NOSSO COMENTÁRIO

Muito bem, companheiro Ivo Galindo, concordo, plenamente, com o senhor, que, por certo, estava muito bem inspirado pelos Amigos Invisíveis, ao redigir este artigo.

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos
1 - Disciplinar os próprios impulsos.
2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.
3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.
4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.
5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.
6 - Evitar as conversações inúteis.
7 - Receber o sofrimento o processo de nossa educação.
8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.
9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.
10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.
Francisco Cândido Xavier. Da obra: Paz e Renovação.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

AUTO ESTIMA E AUTOSUPERAÇÃO ANTE A LEI DA REENCARNAÇÃO





Harley Lane, um menino inglês de 4 anos, teve uma meningite e foi desenganado pelos médicos. Sofreu uma septicemia,  uma infecção que ocorre no sangue causada pela proliferação de bactérias e toxinas,  conhecida também como sangue envenenado. Essa infecção danifica os tecidos do organismo e diminui a pressão arterial, provocando o fechamento de veias, interferindo na circulação sanguínea.  Harley precisou amputar os braços e as pernas e pouco tempo depois, utilizando  próteses e uma cadeira de rodas, voltou à escola e se tornou o garoto mais popular da classe, devido ao seu esforço de superação em um corpo físico completamente mutilado. Atualmente, é amparado por um assistente de ensino para ajudá-lo na higienização, prevenindo assim novas infecções.
Jessica Cox, uma americana nascida sem os braços, por conta de uma enfermidade congênita, vem ganhando popularidade nos Estados Unidos como exemplo de superação. Ela se tornou a primeira pessoa a conduzir uma aeronave somente com os pés e conseguiu um brevê de piloto. Cox não se entrega aos limites físicos e não se prende ao “não posso”, costuma dizer ante os desafios “ainda não consegui”. Sob esse raciocínio, acredita que quando na limitação física não se pode fazer algo, mas pode-se buscar meios de superação a fim de vencer, quebrar limites, expandir, ampliar horizontes, levando a barreira limite para mais distante do ponto anterior.
A maior conquista de Jessica é a auto-estima e elevado grau de auto-aceitação, o que dá a ela esses talentos. Em suas palestras, Jessica procura mostrar às outras pessoas que a auto-confiança é a principal arma para superar as adversidades. Há muitas pessoas ditas “normais” que sofrem de uma deficiência real – a falta de confiança em si mesmas, eis aí os verdadeiros aleijões humanos. Outro caso  de superação é de Flávia Cristiane Fuga e Silva, uma brasileira de 26 anos, portadora de paralisia cerebral, que recebeu sua carteira de advogada, após cinco anos de faculdade e três exames da OAB-SP. Flávia praticamente não fala e se locomove com o auxílio de uma cadeira de rodas. Foi aprovada no exame 133, realizado em agosto de 2007, em que 84,1% dos 17.871 candidatos foram reprovados.
Muitos paralíticos, surdos, mudos e cegos, sob essa égide valorativa de "eficiência", são considerados "deficientes", isto é, aqueles cuja "eficiência" é falha, é  insuficiente, e não tem como ser vencida, superada. Entendendo que o limitado físico não sofre de falta de "eficiência", por essa razão postulamos que os “deficientes” não são deficientes, apenas estão temporariamente restritos para fazerem uma ou outra coisa.
Os preceitos espíritas nos remetem a entender que somos sempre  herdeiros de nós mesmos, motivo pelo qual é importante que nos esforcemos, a fim de crescermos emocionalmente, amadurecendo conceitos e reflexões, aspirações e programas reencarnatórios, cuja materialização nos submetemos. É importante reconhecermos as próprias dificuldades e esforçar-nos para vencê-las, evitando a queixa a fim de  não deprimir o entusiasmo de viver, levando-nos a estados depressivos. Não devemos nos deter na autocompaixão piegas e inútil, precisamos nos motivarmos para crescer e alcançarmos os patamares psicológicos mais elevados de autosuperação.
É bem verdade que há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro a fim de  depurar-nos e elevar-nos, se as suportamos resignados e sem autopiedades. A paralisia, o câncer, a epilepsia, a cegueira, a mudez, a idiotia, a surdez, a hanseníase, o diabete, o pênfigo foliáceo, a loucura e todo o conjunto das patologias de etiologias obscuras e quase incuráveis significam sanções instituídas pelo Criador da vida, portas a dentro da Justiça Universal, atendendo-nos aos próprios pedidos, para que não venhamos a perder as glórias eternas do espírito a troco de lamentáveis ilusões humanas.
Diante dos desafios do viver na Terra, devemos trilhar pelo caminho da  autosuperação sob os influxos tenazes da autoconfiança. Esse estado de espírito resulta das conquistas contínuas que demonstram o valor de que se é portador, produzindo imensa alegria íntima, e esta se transforma em saúde emocional, com a subseqüente superação dos conflitos remanescentes das experiências de vidas pregressas.

Jorge Hessen
http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

PARA RENOVAR-NOS

André Luiz/Francisco Cândido Xavier


Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.


Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as consequências deles, a fim de retificar-se, como quem aproveite pedras para construção mais sólida.


Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcionar-lo estão decepcionando a si mesmos.


Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.


Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.


Simplifique seus hábitos.


Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.


Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.


Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.


Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.


(Do livro "Coragem", pelo Espírito André Luiz, Francisco Cândido Xavier)

RECORDAÇÕES

AS RECORDAÇÕES

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

Dentro da obscuridade requerida pela sua necessidade de estudo e desenvolvimento, experimenta a alma, às vezes, uma sensação indefinível... É uma vocação inata que impele para esse ou aquele caminho; é uma saudade vaga e incompreensível, que a persegue nas suas meditações; são os fenômenos introspectivos, que a assediam frequentemente.


Nesses momentos, uma luz vaga da subconsciência atravessa a câmara de sombras, impostas pelas células cerebrais, e, através dessa luz coada, entra o Espírito em vaga relação com o seu passado longínquo; tais fatos são vulgares nos seres evolvidos, sobre quem a carne já não exerce atuação invencível.


Nesses vagos instantes, parece que a alma encarnada ouve o tropel das lembranças que passam em revoada; aversões antigas, amores santificantes, gostos aprimorados, de tudo aparece numa fração no seu mundo consciente; mas, faz-se mister olvidar o passado para que alcance êxito na luta.


(Do livro "Emmanuel", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)



domingo, 21 de novembro de 2010

1º ENCONTRO DE MOCIDADES ESPÍRITAS

 Sob a coordenação da Regional Litora Sul da Aliança Espírita Evangélica, tivemos o 1º Encontro de Mocidades Espíritas no Vale do Ribeira-SP.
 Reunidas nas dependências da Escola Municipal de Ensino Infantil "Meu Recanto", gentilmente cedida pela Prefeitura Municipal de Ilha Comprida. A mocidade desenvolveu intenso programa de atividades.
 O encontro aconteceu nos dias 13 e 14 de Novembro -2010

As reuniões aconteceram nas salas de aula e no Auditório da unidade escolar.

nas fotos vemos a chegada dos participantes, os coordenadores e a equipe de apoio.

sábado, 20 de novembro de 2010

SERENIDADE

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

Seja qual for o conteúdo de sofrimento em teu roteiro de provação, acalma-te e espera...

Não agraves o peso de tua dor com o fardo da aflição sem remédio.

Se o desespero te cerca, em ondas asfixiantes de inconformação ou de cólera, exercita a serenidade e faze algo em silêncio que possa amparar as vítimas da revolta; se a ofensa te busca, apedrejando-te o coração, perdoa-lhe as investidas, guardando a serenidade de quem sabe que a ventania tempestuosa não desloca a harmonia do céu; se a calúnia despeja corrosivo destruidor em tua alma, desculpa-lhe os golpes, conservando a serenidade de quem reconhece no crime doentia manifestação da ignorância ainda em trevas e, se as lágrimas te caem, ardentes, dos olhos feridos, à face da angústia que te persegue as esperanças e os sonhos, transforma o teu pranto numa prece de amor, cultivando a serenidade, na convicção de que o sacrifício é o caminho real da luz.
Lembra-te do Cristo, a oferecer-te o Seu jugo brando e suave.

Ninguém o viu acrescer a cruz das próprias dores, com o peso morto da rebelião ou da crueldade, do ciúme ou da inveja, do revide ou da queixa...

Da serenidade da Manjedoura, segue amando e perdoando para a serenidade da cruz, sem jamais trair a dignidade da Sua confiança no Pai Excelso, a Quem pertencem, em verdade, todos os títulos e afeições que nos sustentam a marcha.

Serenidade! Serenidade!...

Será ela em teu passo o selo oculto da humildade vitoriosa que te fará mais nobre à vista do Céu, porque então junto dela terás aprendido a esperar por Deus em tua de cada dia.

(Do livro "Semeador em Tempos Novos", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

8º Encontro de Palestras - 7º Aniversário do GEEFC.

Apresentação do Grupo "Vocal Amor em Sol Maior"
Lauriano dos Santos, em sua apresentação do tema:
"PUREZA DOUTRINÁRIA E CULTOS EXTERIORES"
No encontro, estiveram presentes representantes de várias casa espíritas do Vale do Ribeira e de São Paulo.

Fraternidade do Discípulos de Jesus - "Atitude de Amor"

Trechos da Conferência de Bezerra de Menezes:

“Atitude de Amor” Um Novo Tempo para a Doutrina Espírita

... A primeira etapa consagrou o Espiritismo como ideário do bem, atraindo a simpatia e superando o
preconceito; a segunda ensejou a difusão. Penetramos agora o terceiro portal de mais setenta anos,  etapa na qual pretende-se a maioridade das idéias espíritas.

É necessário atestar a vitalidade dos postulados espiritistas como alavanca de transformações sociais e humanas. Sua influência na cultura, nas artes, na ciência, nas leis, na filosofia e na religião conduzirá as comunidades, que lhe absorverem os princípios, a novos rumos para o bem do homem através da mudança do próprio homem.

Esse novo tempo deverá, igualmente, conduzir a efeitos salutares a nossa coletividade espírita, criando
entre nós, seus adeptos, o período da atitude. O velho discurso sem prática deverá ser substituído por efetiva renovação pela educação moral. É a etapa da fraternidade na qual a ética do amor será eleita como meta essencial, e a educação como o passo seguro na direção de nossas finalidades.

Jesus definiu seus discípulos por muito se amarem, o Espírito Verdade assinalou o “amai-vos e instruivos” como plataforma do verdadeiro espírita, e esses ensinos deverão constituir a base do programa transformador para nossas metas ante a era nova.

....

Carecemos de um movimento espírita forte, marcado por uma cultura de raciocínios lógicos e coerentes, e por atitudes afinadas com a ética do amor. Temos sim um problema, temos um inimigo. Atitude, eis a questão.

Más atitudes, eis nosso problema. Atitudes de orgulho, nosso maior inimigo.

Para que não nos chafurdemos em análises míopes, torna-se prioritário definir nossa grande meta em
auxílio aos que mourejam na coletividade doutrinária, para maximizarem seus esforços nas direções mais nobres e úteis aos deveres dessa nova etapa de maioridade espiritual.

A meta primordial é aprendermos a amarmo-nos uns aos outros, para que tudo o que for criado em nome da causa espírita reflita a essência do Espiritismo em nossas movimentações.

Nossa meta essencial é o amor, a atitude que reflete Deus em nós.

Meditemos na inolvidável pergunta do Mestre: Que galardão teremos em amar somente os que nos amam?

...

A renovação de atitudes na edificação de uma nova mentalidade solicita uma inevitável mudança cultural em nossos ambientes doutrinários. O repúdio ao debate e a aversão ao confronto de opiniões são expressões do institucionalismo que ainda estão presentes no psiquismo humano, muita vez realimentado por organismos e oradores respeitáveis.

Quando Jesus convocou seus discípulos ao serviço do amor “deu-lhes poder”, conforme assevera o texto de Mateus. Reeditar esse fato é fundamental, a fim de alcançarmos melhores condições morais ao movimento espírita. Conferir poder é propiciar respostas, caminhos, horizontes, alternativas pedagógicas para instrumentalizar e capacitar alguém para alguma coisa. O Mestre, como educador, após os ingentes deveres públicos do dia, recolhia-se em colóquios íntimos com os corações dos apóstolos, ampliava-lhes as perspectivas sobre os ensinos, dimensionava as realizações extra-físicas em torno dos feitos de todo o grupo, e respondia a questões símplices, porém, de rara profundidade moral. Era ali, naqueles momentos íntimos, que se efetivava o poder de percepção e o desenvolvimento das condições necessárias ao apostolado, porque havia debates sinceros e resolução de conflitos em clima pacífico, sob a tutela do Senhor.

Hoje, mais que nunca, precisamos repetir tal episódio e permitir o “espírito do Senhor” na contenção de nossos impulsos de desagregação e isolamento. É urgente trabalhar por uma cultura de trocas e crescimento grupal, habituando-se a ter nossas certezas abaladas pelo conflito e pela permuta, para que ampliemos a capacidade de enxergar com mais exatidão as questões que supomos terem sido esgotadas. ...

A melhor instituição será a que mais expandir as condições para o amor.
O melhor homem será o que mais apresentar tenacidade em amar.
A melhor Casa será a que mais implementar o regime de amor em grupo, imprimindo a seus deveres um caráter educacional.

...

O núcleo espiritista deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola capacitadora de virtudes e formação do homem de bem, independentemente de fazer ou não com que seus transeuntes se tornem espíritas e assumam designação religiosa formal.

Elaboremos um programa educacional centrado em valores humanos para dirigentes, trabalhadores,
médiuns, pais, mães, jovens, velhos, e o apliquemos consentaneamente com as bases da Doutrina.

Saber viver e conviver serão as metas primaciais desse programa no desenvolvimento de habilidades e
competências do espírito.

O que faremos para aprender a arte de amar? Como aprender a aprender? Como desenvolver afeto em
grupo? Como “devolver visão a cegos, curar coxos e estropiados, limpar leprosos, expulsar demônios”?

FDJ - Fraternidade dos Discípulos de Jesus

FALANDO AO CORAÇÃO

A par de nossos esforços em apoiar a preparação e ingresso de novos membros na FDJ, nestes
últimos anos e mais fortemente neste ano de 2006, tem sido nos cobrado pelos companheiros de ideal e
mais especialmente pelo plano espiritual, em diversas casas e regionais, ações objetivas para “Cuidar dos Discípulos que já estão na Fraternidade”.

Em nosso balanço de ação neste sentido, no qual se destaca os Encontros de Discípulos, vimos
duas oportunidades de melhoria: conteúdo e periodicidade. Em termos de conteúdo os Encontros de
Discípulos atendem a necessidade básica de todos os discípulos: entender melhor o propósito e finalidades do discipulado, 3º grau da iniciação, através do estudo do Guia do Discípulo. Em termos de
periodicidade os encontros estão presentes no dia a dia das casas quando da divulgação e do período de 10 semanas em que eles se realizam e, tão somente para os que participam, via de regra, poucas pessoas em comparação ao grande número de Discípulos.

Fato é que, com exceção dos companheiros que se dedicam aos trabalhos relacionados com a EAE e Curso de médiuns, os demais discípulos pouco contato mantém com os demais membros para tratar de
assuntos pertinentes aos nossos ideais e menos ainda aos da FDJ. Tal qual prestar serviços renovadores
através dos testemunhos evangélico-espíritas dentro e principalmente fora da casa espírita.

Entendendo que o Discípulo de Jesus é aquele iniciado que assumiu consigo e com Jesus um
compromisso mais profundo e extenso, é lógico de se entender que suas necessidades de manutenção são também mais profundas e extensas, do que aquela demandada pelos aprendizes e servidores.

Conta-nos uma companheira que trabalhou muitos anos com Edgard Armond que ele frequentemente comentava da necessidade de apoiar, fortalecer e aprimorar os irmãos Discípulos. Tanto é que em seus últimos anos de vida incentivava a abertura de um local exclusivamente dedicado a este propósito, que se chamaria de “Casa dos Discípulos”.

O próprio Mestre exemplificou-nos esta necessidade. Vejamos a atenção por ele dedicada ao
circulo menor de seus discípulos e relatada nos livros Jesus no Lar de Neio Lucio e Ave Luz de Shaolin.

Pelo acima mencionado, e de comum acordo, nossa decisão foi por promover uma nova iniciativa,
que intitulamos “Falando ao Coração”, inspirados nestes encontros de Jesus com seus discípulos e no
Livro homônimo de Edgard Armond. A proposta desta iniciativa é arejar a mente e, principalmente, o
coração dos que seguem em nossas fileiras, cheios de boa vontade, mas nem sempre felizes, nem sempre em sintonia com a palavra do Mestre quando nos dizia:

... eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

... Eu sou o bom pastor;


João 10:10-11

Se vós permanecerdes na minha palavra,verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.

João 8:31-32

... Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos,se tiverdes amor uns aos outros.

João 13:35

Nisto é glorificado meu Pai,que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.


João 15:8

Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.


Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.


Mateus 5:13-16

Cabe ainda apontarmos que o conclame de Bezerra por renovações em nós e em nossa seara espírita, exarado no Livro Atitude de Amor, ainda que não tenha sido a origem objetiva desta iniciativa, resume os propósitos e servirá de inspiração e base para nossas ações, pelas quais objetivamente nos incluímos neste movimento renovador.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Atitudes

A vida tem a cor que nós pintamos. Pensando bem, cada um de nós, ao fazermos nossas opções, escolhemos caminhos, desenhamos de certa forma o nosso futuro.

A ideia é de que nós vivamos o presente da maneira que melhor nos aprouver, contudo, vamos pavimentando as trilhas do nosso amanhã, vamos construindo o nosso futuro.

Perder tempo com coisas fúteis é problemático. Recompor o que passou faz uma diferença significativa, daí a sentença “podemos matar o tempo, mas ele também nos enterrará”.

Pensando bem estes cuidados são necessários, porque o amanhã chega, quer estejamos preparados ou não. A sabedoria popular inclusive nos ensina “quem não quiser quando pode, quando quiser poderá não poder”.


Os cenários, portanto, precisam de observação continuada. Aquilo que se apresenta a nós deve ser analisado buscando saber se nos será útil ou não, se nos fará mal ou não.

Paulo, o Apóstolo, que tinha a lucidez da razão, nos adverte com sabedoria: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém".

Quis dizer com isso que tudo nos é permitido, mas que a razão nos deve orientar de que nem tudo nos convém.

Do ponto de vista físico, quando comemos ou bebemos algo que nos faz mal, não pensamos no depois, mas o depois é fatal.

Se nosso organismo é frágil a certo tipo de alimento, devemos pensar nas consequências antes de ingeri-lo, mesmo que a nossa vontade diga o contrário.

Perguntemo-nos: E depois? Como será depois?

Não adianta ignorarmos as variações. Nada deixa de existir pelo simples fato do desconhecimento. Fatos há quem diga serem até teimosos, repercutem mesmo quando se tenta ocultá-los. Petrônio Portella (Petrônio Portella Nunes, foi advogado e político brasileiro de atuação destacada na nossa política), ele dizia “ninguém briga com fatos”. Fato é realidade, aconteceu.

A civilização chinesa nos ensina que semear é decisão e responsabilidade de cada um, todavia a colheita é consequência, só se colhe o que se plantou.

No ditado popular: “Quem Planta Vento, Colhe Tempestades”.

Um novo dia amanhece para quem está desperto, atento, procurando descortinar o que é melhor, buscando um posicionamento ideal. A falta de interesse, a decisão que se arrasta, mata qualquer negócio.

A sabedoria popular diz que: Matar um elefante é fácil, difícil é remover o cadáver. Muitas vezes incomoda o resto da vida.

É assim que nossas atitudes devem ser vistas e analisadas, será que ao tomarmos certas decisões, não estaremos matando um elefante como diz o ditado popular.

Meus irmãos, o ser humano é o único dotado de razão, por isso somos chamados de racionais.
Ser racional é raciocinar com sabedoria, é saber discernir, é saber pensar, utilizar o bom senso e a lógica antes de qualquer atitude.

Kardec relaciona isso a Fé, ele diz que a fé deve ser raciocinada e não uma fé cega.

Todavia, boa parte de nós não age com a sabedoria necessária para evitar problemas e dissabores perfeitamente evitáveis.
Costumeiramente, agimos antes e pensamos depois, e na maioria das vezes, tardiamente, quando percebemos que os resultados da nossa ação nos infelicitam.

Se tivermos vontade de fazer uso de drogas, por exemplo, sejam elas socialmente aceitas ou não, pensemos no antes e no depois. Será que suportaremos corajosamente as enfermidades decorrentes desses vícios? Ou será um preço muito alto por alguns momentos de satisfação?

Quando sentimos vontade de usar o nosso cartão de crédito, pela facilidade que ele nos oferece, costumamos pensar no depois? Pensar em como vamos pagar a conta? É claro que não, simplesmente agimos por impulso e compramos.

Assim as nossas prateleiras...

E no campo moral? Como é a nossa participação?

No campo da moral não é diferente. Quando surgi a vontade de gozar alguns momentos de prazer, será que pensamos? No depois?

Quais serão as consequências do ato que desejamos realizar? Será que as suportaremos corajosamente, sem reclamar de Deus, nem jogar a responsabilidade sobre os outros?

Ouvimos diariamente companheiros nossos falar a respeito do vazio que sentem na intimidade e da consciência marcada pelos atos inconsequentes que praticaram durante a vida.

Alguns dizem que buscaram, na atividade profissional, tirar proveito de todas as situações. Arranjavam tudo com algum jeitinho, mas nunca haviam pensado nas responsabilidades do depois.

E quando o depois chega, ficam a lastimar pelos seus atos e atitudes que tiveram e que na maioria das vezes funcionou como a Lei de Gerson.

Dessa forma, antes de tomar qualquer atitude, questionemos a nós mesmos se ela é boa, é sensata por que, depois.

Porém há atitudes que tomamos que fazem bem ao coração e àqueles que são atingidos por elas.

Uma delas é a prática da caridade e do amor ao próximo e essencialmente à atitude de amarmos, e praticarmos a Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

No livro Lindos casos de Bezerra, a grandes exemplos de atitudes que só fizeram bem. Uma delas vou passar a vocês contando a história.
O abraço de Dr. Bezerra de Menezes...
Um abraço em nome de Deus faz maravilhas!
Bezerra de Menezes acabava de presidir a uma das sessões públicas da Casa de Ismael, na Av. Passos - RJ.
Era uma terça-feira do mês de junho de 1896.
Sua palavra esclarecida e carinhosa, à moda de uma chuva fina e criadeira, no dizer de M. Quintão, penetrava nas almas de quantos encarnados e desencarnados lhe ouviam a evangélica dissertação sobre uma Lição do "Livro da Vida"!
Os olhos estavam marejados de lágrimas, tanto de ouvintes como os do próprio orador.
Acabada a sessão, descera Bezerra com passos tardos, ainda emocionados, as escadas da Federação Espírita Brasileira.
E ia, humildemente, indagando dos mais íntimos, se ferira alguém com sua palavra e que se isso fizera lhe perdoassem o descuido enquanto descia ia afagando a todos que o esperavam ávidos dos seus conselhos, do seu sorriso, do seu olhar manso e bom.
Já ao pé da escada, localizou um companheiro, de seus 45 anos, cabelos em desalinho, com a roupa suja e amarrotada.
Os dois se olharam. Bezerra compreendeu logo que ali estava um caso, todo particular, para ele resolver.
bem aventurados os que têm olhos no coração!

E Bezerra os tinha e tem!
Ele levou o desconhecido para um canto e lhe ouviu, com atenção, o desabafo, o pedido.
- Dr. Bezerra, disse o companheiro, estou sem emprego, com a mulher e dois filhos doentes e famintos...

E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril.
Bezerra apiedado verificou se ainda tinha algum dinheiro.
Ele não o tinha, dava tudo aos que necessitavam...

Nada encontrou nos bolsos. Apenas a passagem do bonde...

Tornou-se mais apiedado e apreensivo.

Levantou os olhos já molhados de pranto para o Alto e, numa prece muda, pediu inspiração a seu anjo tutelar e solucionador de seus problemas.

Depois, virando-se para o companheiro, disse:

- Meu filho, você tem fé em Deus?

-Tenho e muita Dr. Bezerra!

- Pois então, em seu santíssimo nome, receba este abraço.

E abraçou o desesperado irmão, envolvente e demoradamente.

E, despedindo-se:

-Vá, meu filho, na paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade.

E, em seu lar, faça o mesmo com todos os seus familiares, abraçando-os, afagando-os. E confie no amor de Deus, que seu caso há de ser resolvido.

Bezerra partira.

A caminho do lar, meditava, teria cumprido seu dever, será que possibilitara ajuda ao irmão em prova, faminto e doente?

E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço.

Não possuía nenhum dinheiro.

O próprio anel de grau já não estava em seus dedos, Tudo havia dado. Não tendo dinheiro dera algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma, ao irmão sofredor e não tinha certeza de que isso lhe bastara...

E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.

Uma semana se passara.

Bezerra não se recordava mais do sucedido.

Muitos eram os problemas.

Após a sessão de outra terça-feira, descia as escadas da Federação.

Ali alguém, no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia toda a emoção do agradecimento, tocou-lhe o braço e diz:

-Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste local e nesta mesma hora. Daqui saí logo me sentindo melhor. Em casa, cumpri seu pedido e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos a Deus. Na água que bebemos e demos aos familiares, parece, continha alimento, pois dormimos todos bem.

No dia seguinte, estávamos sem febre e como alimentados... E veio-me uma inspiração, guiando-me a uma porta que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu meus problemas, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje. E venho lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do que dinheiro!

O ambiente era tocante!

Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra como do irmão beneficiado e desconhecido.

E uma prece muda, de dois corações unidos, numa mesma força gratulatória, subiu aos céus, louvando aquele que é, em verdade, a porta de nossas esperanças, o advogado querido de todas as nossas causas!

Atitudes podem ser para o bem ou para o mal, elas nos atinge sejamos nós que as pratiquemos ou que sejam praticadas por outros, nisso esta clara o funcionamento de uma lei que não foi criada pelo homem, a lei de causa e efeito.

Devemos nos lembrar de que nos disse Jesus: “Fazei ao seu próximo tudo aquilo que quereis que façam a ti”

Justiça Viva

A maldição do Senhor habita na casa do perverso,

porém a morada dos justos ele abençoa.

Prov. 3:33

O justo é sempre abençoado pelo que faz. A sua sensibilidade mais profunda registra a justiça divina e confia tanto na lei que abençoa toda agressão que surge em seu caminho, sem irritação ou tristeza. Ele anda como se tudo estivesse sorrindo, sorrindo também.
A consciência é um juiz implacável; ela não se esquece do mal que fazemos, até que o erro seja reparado.
A justiça viva se faz através do tempo, por força da lei que nos protege e disciplina, quando convém ao Senhor.
A igualdade é um clima universal, porém a justiça coloca cada um no lugar que lhe cabe por direito evolutivo.
A punição é somente para quem erra. A alma pura canta no palco da consciência, solfejando a canção da justiça universal, enquanto o perverso carrega um fardo, cujo peso depende das maldades praticadas.
Ninguém foge do tribunal interno e, quanto mais dissimular exteriormente, mais se compromete por dentro. A justiça superior agem em todas as dimensões da vida. A justiça é o amor em feição diferente.
Ajusta-te na oração todos os dias, que ela te ajudará no auto-aperfeiçoamento. A prece é a misericórdia diante da justiça.
Não deves intentar fazer justiça ao culpado por conta própria. Basta-lhe a consciência que nunca dorme no seu dever de julgar e corrigir.
Esforça-te sempre para entrar na escola dos justos, e ser-te-á dado um prêmio que se chama paz.
A Justiça Divina é grandiosa. O ar que circula em todos os departamentos da natureza alimenta vidas. Todavia, quando o homem sente falta dele, o culpado não é Deus, mas sim, o próprio homem. Evita a poluição mental e física, porque o Senhor jamais faltou com o Seu trabalho, sustentando-nos a existência.


DO LIVRO: Gotas de Amor

PELO ESPÍRITO: Carlos

PSICOGRAFIA: João Nunes Maia

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MILAGRE?...FATALIDADE?...ACASO?...LIVRE ARBÍTRIO?...ALGUNS ARGUMENTOS ESPÍRITAS




Thomas Magill, um americano de 22 anos, sofreu uma queda do 39º andar de um prédio em Manhattan, Nova York. Ele caiu sobre um carro estacionado na rua, seu corpo atravessou o vidro traseiro e se espatifou no banco de couro do Dodge Charger. Magill caiu, mais ou menos, a uma velocidade de 160 quilômetros por hora e sobreviveu.

Milagre?... Fatalidade?... Acaso?...Acidente?...

Há muitos fenômenos naturais que desafiam a razão humana e permanecerão na dimensão do incognoscível no círculo da ciência tradicional por um bom tempo. No episódio Magill, será que houve uma interseção do Plano Espiritual, ou seja, teriam os Espíritos neutralizado os efeitos da Lei da Gravidade e por conseqüência diminuído a extensão do impacto sobre o carro? Por que em vários outros fatos semelhantes não há esse tipo de suposta intervenção espiritual?

Acaso é uma palavra vazia de significado e nem sequer existe no dicionário espírita. Milagre? Para os espíritas, o milagre seria uma postergação inconcebível das leis eternas fixadas por Deus – obras que são da sua vontade – e seria pouco digno da Suprema Potência exorbitar da sua própria natureza e variar em seus decretos. Então, haverá fatalidade nos acidentes e/ou acontecimentos outros da vida, conforme o sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer, os acidentes e/ou acontecimentos diversos são predeterminados? E o livre-arbítrio, como ficaria? A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. E mais ainda, “fatal”, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é, segundo o Espiritismo.

Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se o instante da morte ainda não chegou, não morreremos? Segundo os Espíritos, não desencarnaremos e sobre isso temos muitos de exemplos. De fato, em todas as épocas, muitas criaturas têm saído ilesas das mais extremas situações de perigo. Por outro lado, porém, haverá quem questione: - Mas com que fim passam certas pessoas por tais perigos que nenhuma conseqüência grave lhes causam? Na questão 855 do Livro dos Espíritos, o assunto é melhor explicado pelos Espíritos: “Se escapas desse perigo, quando ainda sob a impressão do risco que correste, cogitas, mais ou menos seriamente, de te melhorares, conforme seja mais ou menos forte sobre ti a influência dos Espíritos bons”.

O tema e o estudo sobre fatalidade têm múltiplas facetas. Devem ser considerados sob diversos ângulos. A fatalidade existe unicamente pela escolha que fazemos, ao encarnar, desta ou daquela forma para sofrer. Escolhendo-a, instituimos para nós uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que venhamos a nos achar colocados. Se estamos cumprindo, no uso de nosso livre-arbítrio, a programação reencarnatória, não há como, pois, sermos visitados pela fatalidade. Por isso, cremos que não há livre-arbítrio nem determinismo absolutos na encarnação, mas liberdade condicionada.

Destarte, a Doutrina dos Espíritos, embasada em O Livro dos Espíritos, não respalda a ideia de fatalidade, merecendo por isso leitura e reflexão. Então, qual a finalidade desses acidentes que causam tanto espanto? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações extremas? Por que algumas pessoas escapam, e outras não, de quedas, por exemplo, como vimos acima, lembrando que fatalidade, destino, azar e sorte são palavras sempre citadas em situações como essa?

A fatalidade física, o momento da morte, virá naturalmente, no tempo e maneira pré-estabelecida, a não ser que o precipitemos, pelo uso de nosso livre-arbítrio, através do suicídio, por exemplo. Instante é um momento, uma fração de tempo indefinido, mais ou menos dúctil, diferente de hora, minuto e segundo da morte. É evidente que Deus a tudo prevê, mas os acontecimentos não estão a isso condicionados; Deus previu as nossas ações, mas nós não agimos porque Deus previu, mas porque utilizamos o nosso livre-arbítrio desta ou daquela maneira, e Ele tinha ciência dessa nossa maneira de agir.

Ora, se usamos bebidas alcoólicas e dirigimos um veículo a 150 km/h, ou atravessamos uma avenida de intenso fluxo de automóveis, de olhos fechados, por exemplo, estamos nos expondo e nos sujeitando à “fatalidade”, mas, antes do nosso procedimento errôneo, utilizamos o nosso livre-arbítrio.

O que essas reflexões têm a ver com o caso do americano que caiu do 39º andar de um prédio em Manhattan, Nova York? Bem, pelo sim, pelo não, cremos que a espiritualidade superior não tem qualquer compromisso com a fatalidade, podendo alterar programações reencarnatórias de acordo com o merecimento do reencarnado. Para tal, sob o prisma espiritual, a fatalidade não é fatal, podendo ser modificada, já que é possível renovar nosso destino todos os dias, e nem duvidemos disso.


Jorge Hessen


http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com

quarta-feira, 7 de julho de 2010

MELINDRES

Não permita que suscetibilidades lhe conturbem o coração.
Dê aos outros a liberdade de pensar, tanto quanto você é livre para pensar como deseja.
Cada pessoa vê os problemas da vida em ângulo diferente.
Muita vez, uma opinião diversa da sua pode ser de grande auxílio em sua experiência ou negócio, se você se dispuser a estudá‐la.
Melindres arrasam as melhores plantações de amizade.
Quem reclama, agrava as dificuldades.
Não cultive ressentimentos.
Melindrar‐se é um modo de perder as melhores situações.
Não se aborreça, coopere.
Quem vive de se ferir, acaba na condição de espinheiro.

Sinal Verde
Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 5 de julho de 2010

O que é Mistificação?

A ignorânia é maior dos Males.
Mistificar: Quer dizer; enganar , trapacear, burlar, tapear, iludir, iniciar alguém nos mistérios de um culto, torná-lo iniciado, abusar da boa fé.

“Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece”

Animismo: (anima – alma) Sistema fisiológico que considera a alma como causa primária de todos os fatos intelectuais e vitais, isto é, expõe o fenômeno anímico como a manifestação da alma do médium, portanto, á alma do médium pode manifestar-se como qualquer outro espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de espírito e fala como tal e não como encarnado. Para que se possa distinguir, se é o espírito do médium ou outro que se comunica, é necessário observar a natureza das comunicações, através das comunicações e da linguagem.

Outro grande engano é confundir Animismo com Mistificação.

"Na verdade a questão do Animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos.
Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenômeno anímico e não espírita, ( talvez por falta de estudo e entendimento).

Creio oportuno enfatizar aqui que em verdade não há fenômeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, "manifestações anímicas".

A conclusão que chegamos é que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica.
Existem também manifestações de animismo puro, ou seja, comunicação produzida pelo espírito do médium, sem a participação de outro espírito - encarnado ou desencarnado, pode ocorrer um processo espontâneo de regressão de memória.

Existem fraudes de médiuns e de Espíritos que nada têm a ver com o animismo e o mediunismo.
Pode ocorrer o desejo de promoção pessoal e de grupos.
Existem a dos Espíritos que usam nomes falsos para desequilibrarem àqueles que se esquecem de estudar e julgam assim serem superiores demais.

Conselho ao Médiuns:
Devem conservar a humildade e agradecer constantemente a oportunidade de servir.

Em tais condições, nada pode o médium temer, em matéria de embustes, porque todos aqueles que se consagram e se sacrificam pelo bem dos semelhantes, jamais mistificam, por se resguardarem na tranquilidade da consciência, convictos de que não lhes compete outra atitude senão a de perseverar no bem, acolhendo quaisquer embaraços por lições, a fim de aprenderem a servir ao bem com mais segurança, já que o merecimento do bem cabe ao Senhor e não a nós.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Servir Deus e a Mamon

INTRODUÇÃO.
Jesus nos deixou orientações para todos os setores da nossa vida, para que pudéssemos nos conduzir nesta caminhada evolutiva na terra, e com os esclarecimentos da doutrina, essas orientações se ampliam ainda mais.Neste capitulo Servir a Deus e a Mamon, fala sobre bens materiais. Jesus utilizou varias parábolas para exemplificar. O bom uso e o mau uso do dinheiro, o apego excessivo ao material, a utilidade da riqueza, as desigualdades, etc.

PERGUNTAS AOS ESPÍRITOS
“712. Com que fim Deus fez atrativos os gozos dos bens materiais?
— Para instigar o homem ao cumprimento da sua missão e também para prová-lo na tentação.
712-a. Qual o objetivo dessa tentação?
— Desenvolver a razão que deve preservá-lo dos excessos.

Deus na sua infinita sabedoria colocou o atrativo do prazer na posse e no uso dos bens materiais, para estimularmos ao cumprimento da nossa missão. Para que o planeta possa evoluir é necessário que os seus habitantes se esforcem intelectualmente e fisicamente para progredir e também Deus quis prová-lo pela tentação, que o arrasta ao abuso, do qual a sua razão deve se esforçar para livrá-lo.

AS PARÁBOLAS
Salvação dos rico
Quando Jesus disse ao jovem: “Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”.
Esclarecimento:
Ele não quis dizer que devemos nos livrar de tudo o que temos para entrar no reino de Deus. Foi para exemplificar que podemos ser honestos, não fazer mal a ninguém, não maldizer o próximo, não ser inconseqüente nem orgulhoso, respeitar seus pais e, ainda assim, não ter a verdadeira caridade, porque sua virtude não vai até o desapego dos bens materiais. Em outras palavras, que fora da caridade não há salvação.

Guardai-vos da Avareza:
Um homem pede a Jesus que faça com que seu irmão divida seus bens com ele. Jesus diz a ele que não era sua função, e conta-lhe uma parábola. O campo de um homem rico tinha dado abundantes frutos e teve a idéia de fazer celeiros maiores para armazenar para que tivesse provisões para muitos anos, Jesus diz: Homem bobo que a morte pode vir buscá-lo e para quem ficará tudo isso que juntou?
Entendimento:
Duas lições:
• É comum as pessoas aproximarem-se do espiritismo para que os espíritos ofereçam soluções para seus problemas, favorecendo facilidades e privilégios. E não é esse o objetivo da doutrina.
• Quem amontoa coisas com certeza perderá pelo excesso ou irá se prender a eles, mas um dia, a vida o obrigará a deixar tudo o que acumulou.

Jesus em casa de Zaqueu:
Para escândalo de todos, principalmente de seus discípulos, ao chegar a Jericó, Jesus oferece-se para se hospedar em casa de Zaqueu, homem rico e ainda publicano; dois motivos bastante fortes para que o cobrador de impostos fosse o último dos habitantes daquele lugar onde Jesus se hospedaria, segundo entendimento da época. Pensava-se que os possuidores de bens materiais estavam irremediavelmente condenados ao sofrimento eterno, devido ao apego à matéria, considerada a fonte do mal.
Mas Ele foi muito bem recebido por Zaqueu, que, feliz, após expor os benefícios que a sua fortuna proporcionava a várias famílias da região, propôs-se a distribuir parte de seus recursos financeiros e a ressarcir generosamente a aqueles que porventura houvesse prejudicado.
Esclarecimento
Allan Kardec afirma que “a riqueza é, sem dúvida, uma prova mais arriscada, mais perigosa que a miséria, em virtude das excitações e das tentações que oferece, da fascinação que exerce. É o supremo excitante do orgulho, o egoísmo e da vida sensual”.
A riqueza não é, em si, boa ou má. Mau, é o homem que dela abusa. A riqueza bem aproveitada traz muitos benefícios, gera empregos a muitas pessoas, realiza muitas obras para a melhoria do nosso planeta, Todo esse trabalho exige pesquisa, que desenvolve a inteligência, expande a capacidade humana de resolver problemas. Sem dúvida, é poderoso elemento de progresso. Por isso, cabe ao homem extrair dela todo o bem possível.

Parábolas do talento:
Essa é mais conhecida, um senhor vai viajar entrega dinheiro a cada um dos seus servos, para que cada um dispusesse da forma que bem entendesse, mas quando chegasse, eles deveriam prestar contas do que tinha feito com o que receberam, dois deles devolveram mais do que haviam recebido, demonstrando assim, que empregaram bem o dinheiro, e o outro por medo de perder, enterrou o dinheiro, e o senhor, não se mostrou nada satisfeito com mau uso empregado do seu dinheiro.
Entendimento
As aptidões e virtudes que se temos são os nossos talentos, são ferramentas com as quais devemos trabalhar para o nosso próprio bem e o bem geral de todos.
Todos possuem talentos para alguma coisa, para as artes, para a administração, para o esporte, para o comércio, para a política, para a religiosidade, para o ensino ou outros ramos quaisquer das atividades humanas. São todas ferramentas que, se bem utilizadas, multiplicam-se, em nós.
Produzem em âmbito geral: elevação de sentimentos nas artes, disciplina na administração, estímulos no esporte, fartura no comércio, justiça na política, elevação espiritual na religiosidade e capacitação no ensino.
Por isso não devemos enterrar os talentos que recebemos, por medo, por preguiça, temos que colocá-los em pratica, para assim progredirmos, e melhorarmos ainda mais o que recebemos, e isso só conseguindo, através de esforços e muito trabalho.

“Disse-lhes o Senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei.”
Desse modo, considerando que pela Lei da Reencarnação o ser sempre progride, os ricos de hoje poderão receber no futuro novas incumbências de realizações que necessitem administradores experientes, bem assim, os que falharam em suas provas poderão ser convidados a se submeterem a novo estágio, renascendo como aprendizes, administrando poucos recursos que lhes serão concedidos como objeto de novo aprendizado.

DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS
811-“Será possível e já terá existido a igualdade absoluta das riquezas”?
“Não; nem é possível. A isso se opõe a diversidade das faculdades e dos caracteres.”
811-a) “Há, no entanto, homens que julgam ser esse o remédio aos males da sociedade. Que pensais a respeito?”
“São sistemáticos esses tais, ou ambiciosos cheios de inveja. Não compreendem que a igualdade com que sonham seria a curto prazo desfeita pela força das coisas. Combatei o egoísmo, que é a vossa chaga social, e não corrais atrás de quimeras.”

É impraticável, portanto, a igualdade das riquezas entre os homens. Se toda a riqueza fosse igualitariamente distribuída, todos ficariam impossibilitados de realizações em favor da coletividade e utilizariam a pequena parte que lhes pertencessem apenas para si mesmo. Esse fato anularia a possibilidade de conviver com a experiência de caridade, e de desenvolver a razão que alerta para os abusos, e também a motivação, causando o estacionamento da evolução natural tanto do homem quanto do planeta.
Além disso, em pouco tempo, as aptidões e os caracteres individuais, fariam com que essa igualdade se desfizesse. Os mais aptos, os mais trabalhadores, os mais destemidos, os empreendedores, se diferenciaria dos demais, e com certeza iriam adquirir mais.

CONCLUSÃO
Todos nós temos conhecimento da postura materialista que domina este mundo, isso se dá devido ao atraso espiritual da maioria dos espíritos que aqui habitam. Mas para aqueles que acreditam numa vida futura melhor, como Jesus nos disse; não podemos encarar a vida da mesma forma do que todos os homens.
Os Espíritos superiores nos alerta a termos domínio sobre o mundo material e não a sermos escravos dele, como ocorre largamente.

E resumindo o que aprendemos com as parábolas:
• Ter desapego as coisas materiais, aproveitá-las para o nosso bem e de todos, pois nada é nosso, tudo, ficará aqui quando partirmos.
• Tudo que se tem em excesso, e, é mal aproveitado se perde, se estraga, isso nos exalta a caridade, doemos aquilo que temos em excesso, e que às vezes nem utilizamos mais, pode ser útil a alguém.
• Lembremos que ter não é mal, mas que devemos dar uma utilidade boa a tudo, e não nos tornarmos egoístas e avarentos.
• E não enterremos nossos talentos, por medo ou por preguiça, para que possamos quando voltar, mostrar a Deus que utilizamos o máximo o que tínhamos, para fazer nossa parte e melhorar este mundo.

“O senhor não te identificará pelos tesouros que ajuntaste, pelas bênçãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico. Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés”.

Vale colocarmos limites nos excessos materiais; vale o sacrifício; vale a disciplina; vale o esforço em participar, na educação das crianças, na dos jovens, nas causas ecológicas, na defesa dos animais, vale a pena estarmos aqui, tudo vale a pena, para nos melhorar e ajudar este mundo, a também ficar melhor.

Que Jesus ilumine todos nós.

Palestra feita no Grupo Espírita Familia Cristã - 26/05/10

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Disciplina no Centro Espírita


O problema da disciplina no Centro Espírita é dos mais melindrosos e deve ser encarado entre as coordenadas da ordem e da tolerância. Não se pode estabelecer e manter no Centro uma disciplina rígida, de tipo militar. O Centro é além de tudo o que já vimos, um instrumento coordenador das atividades espirituais.
Questão do horário é imperiosa, mas não deve sobre-por-se as exigências do amor fraterno. Não é justo deixarmos fora da sessão companheiros dedicados ou necessitados, porque chegaram dois ou três minutos atrasados. Vivemos num mundo material e não espiritual, em que as pessoas lutam com dificuldades várias no tocante à locomoção, de compromissos diversos, e é justo que se dê uma pequena margem de tolerância no horário.

  Almas fortes
 As mais apegadas ao problema disciplinar. As almas fortes são aquelas que procedem de linhas evolutivas em que os espíritos se aperfeiçoam no uso da independência e da coragem. Por isso mesmo trazem consigo um condicionamento disciplinar que não aceita facilmente as concessões a que aludimos. Uma palavra rude de uma alma forte, embora não intencional, pode ferir a susceptibilidade de uma alma frágil, prejudicando-a no seu equilíbrio por uma insignificância.

Os dirigentes de trabalhos devem cuidar de evitar esses pequenos atritos que não raro têm conseqüências muitas maiores do que se pensa.

Por outro lado, as almas fortes precisam controlar os seus impulsos pelo pedido consciencial da fraternidade. Há pessoas que, por se sentirem mais fortes, decisivas e poderosas que as outras, embriagam-se com a ilusão do poder, desrespeitando os direitos alheios e sobrepondo-se, com rompança às opiniões dos outros.

Atitudes dessa natureza, no meio espírita e no Centro, causam má impressão e constrangimento no ambiente, fomentando malquerenças desnecessárias.

Em se tratando de Espiritismo, tudo se deve fazer para manter-se um ambiente de compreensão e fraternidade, sem exageros, tocado o possível de alegria e camaradagem. Num ambiente assim arejado, desprovido de tensões, a espiritualidade flui com facilidade e os Espíritos orientadores encontram mais oportunidade de tocar os corações e iluminar as mentes.

Retirado:
Livro: O Centro Espírita – J. Herculano Pires

quinta-feira, 13 de maio de 2010

É preciso saber ajudar

Ver crianças passando por necessidades, seja em fotos do Afeganistão ou sob a marquise de um prédio a três quarteirões de casa, é sempre triste. E é quando nos perguntamos: o que se pode realmente fazer, enquanto cidadão e enquanto espírita?
São muitas as ações espíritas voltadas à infância e à juventude sem recursos, moradora das sub-habitações urbanas, subnutrida, sem escola e sem família estruturada, grande parte já trilhando os caminhos tortuosos da delinquência.
Mas um fato observável, sobretudo nos grandes centros, é que o tipo de trabalho social comumente desenvolvido pelas entidades supre apenas necessidades imediatas e cria uma dependência viciosa das famílias com respeito às doações. Centros espíritas se estabeleceram, há vinte ou trinta anos, próximos à favela, e a favela só faz crescer!! Doa-se roupa, comida e material de construção, mas a pobreza nunca deixa de existir.
E as crianças nascem e crescem neste ambiente, também vão à casa espírita para receber. Mesmo as que nunca comparecem à “Evangelização” surgem do nada, quando é Páscoa ou Dia da Criança, esperando ganhar... “O que é que a gente vai ganhar?” – perguntam. Isto significa que nosso modelo vem fazendo mais estragos do que se supunha, já está passando de pai para filho.
E este seria o momento de nós nos perguntarmos como espíritas: o que é que estamos fazendo? Para que estamos trabalhando? Como estamos educando?

Não basta ajudar. É preciso saber ajudar.
Primeiro, conscientizar-se de que não há vítimas ou coitadinhos neste mundo. Todos vivemos um processo evolutivo e buscamos condições de aprimoramento espiritual. Socialmente, a vida nos coloca em várias posições, dependendo da lição que devemos aprender, mas todos estamos aqui para aprendê-la.

Os pobres não são vítimas da injustiça social, porque não existe injustiça social, mas necessidade e merecimento individuais. Será que recebemos estas criaturas na casa como Espíritos em processos difíceis de aprendizagem? Ou como criaturas “carentes”, incapazes de melhorar de vida e saírem da miséria, a quem oferecemos doações por tempo indeterminado? Até que ponto se trabalha para que eles, muito embora necessitem de donativos em situações emergenciais, passem a prover seu próprio sustento, assim que estejam devidamente capacitados ou empregados?

A esmola que muitas vezes se dá e que se chama de caridade, ou humilha, ou cria “sem-vergonhas”. E as crianças, mesmo as menores, já estão vivendo esta realidade, enquanto a casa espírita trabalha em prol de gerações de dependentes, e o mundo não se torna nem um pouco melhor com isto.

É claro que os pequenos trazem carências mais sutis, ligadas à ausência de estímulos, de vínculos afetivos firmes e de atenção emocional, que não podem ser desprezadas nem resolvidas com café com leite e que pedem ações imediatas.

Não, não tenho soluções. Quanto aos adultos, entendo que a casa espírita deveria ocupar-se daqueles que realmente desejam progredir, que se integram a algum tipo de treinamento profissional, que querem melhorar de vida, ou que buscam um conforto espiritual e o conhecimento das leis da vida, para se reerguerem.

Para todos os outros, as portas da instituição permanecem abertas, assim que decidirem investir no próprio aprimoramento.

Às crianças, que se ofereçam oportunidades e afeto verdadeiro, atenção individualizada na medida do possível, mas deixando claro que, por mais que as amemos, não cuidaremos delas pelo resto de suas vidas, assim como não fazemos com os nossos próprios filhos. Cuidado com promessas que não poderão ser cumpridas. Precisaremos oferecer-lhes condições de desenvolver a auto-estima e a auto-responsabilidade, sem responsabilizar pais ou sociedade pelo que quer que lhes venha a acontecer de desagradável, no futuro, mas a si mesmas já que contam com seu livre-arbítrio. Poderemos ajudá-las a desenvolver o amor ao trabalho, o desejo de aprender, ensiná-las a estabelecer objetivos de vida e a buscá-los.

Muitas pessoas, que implantam obras sociais ou que se inscrevem como voluntárias da assistência, fazem o melhor que sabem, acreditam fazer o bem. Mas é preciso verificar se este é um bem real ou ilusório, se está melhorando de fato a vida das pessoas assistidas e ajudando-as a progredir ou a permanecerem estacionadas no comodismo.

Rita Folker
Portal do Espírito

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O servo Inconstante

À frente do todos os presentes, o Mestre narrou com simplicidade:
— Certo homem encontrou a luz da Revelação Divina e desejou ardentemente habilitar-se para viver entre os Anjos do Céu.
Tanto suplicou essa bênção ao Pai que, através da inspiração, o Senhor o enviou ao aprimoramento necessário com vistas ao fim a que se propunha.
Por intermédio de vários amigos, orientados pelo Poder Divino, o candidato, que demonstrava acentuada tendência pela escultura, foi conduzido a colaborar com antigo mestre, em mármore valioso. No entanto, a breve tempo, demitiu-se, alegando a impossibilidade de submeter-se a um homem ríspido e intratável; transferiu-se, desse modo, para uma oficina consagrada à confecção de utilidades de madeira, sob as diretrizes de velho escultor. Abandonou-o também, sem delongas, asseverando que lhe não era possível suportá-lo. Em seguida, empregou-se sob as determinações de conhecido operário especializado em construção de colunas em estilo grego. Não tardou, entretanto, a deixá-lo, declarando não lhe tolerar as exigências.
Logo após, entregou-se ao trabalho, sob as ordens de experimentado escultor de ornamentações em arcos festivos, mas, finda uma semana, fugiu aos compromissos assumidos, afirmando haver encontrado um chefe por demais violento e irritadiço. Depois, colocou-se sob a orientação de um fabricante de arcas preciosas, de quem se afastou, em poucos dias, a pretexto de se tratar de criatura desalmada e cruel.
E, assim, de tarefa em tarefa, de oficina em oficina, o aspirante ao Céu dizia, invariavelmente, que lhe não era possível incorporar as próprias energias à experiência terrestre, por encontrar, em toda parte, o erro, a maldade e a perseguição nos que o dirigiam, até que a morte veio buscá-lo à presença dos Anjos do Senhor.
Com surpresa, porém, não os encontrou tão sorridentes quanto aguardava. Um deles avançou, triste, e indagou:
— Amigo, por que não te preparaste ante os imperativos do Céu?
O interpelado que identificava a própria inferioridade, nas sombras em que se envolvia, clamou em pranto que só havia encontrado exigência e dureza nos condutores da luta humana.
O Mensageiro, no entanto, observou, com amargura:
— O Pai chamou-te a servir em teu próprio proveito e, não, a julgar. Cada homem dará conta de si mesmo a Deus. Ninguém escapará à Justiça Divina que se pronuncia no momento preciso. Como pudeste esquecer tão simples verdade, dentro da vida? O malho bate a bigorna, o ferreiro conduz o malho, o comerciante examina a obra do ferreiro, o povo dá opinião sobre o negociante, e o Senhor, no Conjunto, analisa e julga a todos. Se fugiste a pequenos serviços do mundo, sob a alegação de que os outros eram incapazes e indignos da direção, como poderás entender o ministério celestial?
E o trabalhador inconstante passou às conseqüências de sua queda impensada.
Jesus fez uma pausa e concluiu:
— Quem estiver sob o domínio de pessoas enérgicas e endurecidas na disciplina, excelentes resultados conseguirá recolher se souber e puder aproveitar-lhes a aspereza, inspirando-se na madeira bruta ao contacto da plaina benfeitora. Abençoada seja a mão que educa e corrige, mas bem-aventurado seja aquele que se deixa aperfeiçoar ao seu toque de renovação e aprimoramento, porque os mestres do mundo sempre reclamam a lição de outros mestres, mas a obra do bem, quando realizada para todos, permanece eternamente.

Jesus no Lar
Pelo Espírito de Neio Lúcio
Franciso C Xavier