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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

8º Encontro de Palestras - 7º Aniversário do GEEFC.

Apresentação do Grupo "Vocal Amor em Sol Maior"
Lauriano dos Santos, em sua apresentação do tema:
"PUREZA DOUTRINÁRIA E CULTOS EXTERIORES"
No encontro, estiveram presentes representantes de várias casa espíritas do Vale do Ribeira e de São Paulo.

Fraternidade do Discípulos de Jesus - "Atitude de Amor"

Trechos da Conferência de Bezerra de Menezes:

“Atitude de Amor” Um Novo Tempo para a Doutrina Espírita

... A primeira etapa consagrou o Espiritismo como ideário do bem, atraindo a simpatia e superando o
preconceito; a segunda ensejou a difusão. Penetramos agora o terceiro portal de mais setenta anos,  etapa na qual pretende-se a maioridade das idéias espíritas.

É necessário atestar a vitalidade dos postulados espiritistas como alavanca de transformações sociais e humanas. Sua influência na cultura, nas artes, na ciência, nas leis, na filosofia e na religião conduzirá as comunidades, que lhe absorverem os princípios, a novos rumos para o bem do homem através da mudança do próprio homem.

Esse novo tempo deverá, igualmente, conduzir a efeitos salutares a nossa coletividade espírita, criando
entre nós, seus adeptos, o período da atitude. O velho discurso sem prática deverá ser substituído por efetiva renovação pela educação moral. É a etapa da fraternidade na qual a ética do amor será eleita como meta essencial, e a educação como o passo seguro na direção de nossas finalidades.

Jesus definiu seus discípulos por muito se amarem, o Espírito Verdade assinalou o “amai-vos e instruivos” como plataforma do verdadeiro espírita, e esses ensinos deverão constituir a base do programa transformador para nossas metas ante a era nova.

....

Carecemos de um movimento espírita forte, marcado por uma cultura de raciocínios lógicos e coerentes, e por atitudes afinadas com a ética do amor. Temos sim um problema, temos um inimigo. Atitude, eis a questão.

Más atitudes, eis nosso problema. Atitudes de orgulho, nosso maior inimigo.

Para que não nos chafurdemos em análises míopes, torna-se prioritário definir nossa grande meta em
auxílio aos que mourejam na coletividade doutrinária, para maximizarem seus esforços nas direções mais nobres e úteis aos deveres dessa nova etapa de maioridade espiritual.

A meta primordial é aprendermos a amarmo-nos uns aos outros, para que tudo o que for criado em nome da causa espírita reflita a essência do Espiritismo em nossas movimentações.

Nossa meta essencial é o amor, a atitude que reflete Deus em nós.

Meditemos na inolvidável pergunta do Mestre: Que galardão teremos em amar somente os que nos amam?

...

A renovação de atitudes na edificação de uma nova mentalidade solicita uma inevitável mudança cultural em nossos ambientes doutrinários. O repúdio ao debate e a aversão ao confronto de opiniões são expressões do institucionalismo que ainda estão presentes no psiquismo humano, muita vez realimentado por organismos e oradores respeitáveis.

Quando Jesus convocou seus discípulos ao serviço do amor “deu-lhes poder”, conforme assevera o texto de Mateus. Reeditar esse fato é fundamental, a fim de alcançarmos melhores condições morais ao movimento espírita. Conferir poder é propiciar respostas, caminhos, horizontes, alternativas pedagógicas para instrumentalizar e capacitar alguém para alguma coisa. O Mestre, como educador, após os ingentes deveres públicos do dia, recolhia-se em colóquios íntimos com os corações dos apóstolos, ampliava-lhes as perspectivas sobre os ensinos, dimensionava as realizações extra-físicas em torno dos feitos de todo o grupo, e respondia a questões símplices, porém, de rara profundidade moral. Era ali, naqueles momentos íntimos, que se efetivava o poder de percepção e o desenvolvimento das condições necessárias ao apostolado, porque havia debates sinceros e resolução de conflitos em clima pacífico, sob a tutela do Senhor.

Hoje, mais que nunca, precisamos repetir tal episódio e permitir o “espírito do Senhor” na contenção de nossos impulsos de desagregação e isolamento. É urgente trabalhar por uma cultura de trocas e crescimento grupal, habituando-se a ter nossas certezas abaladas pelo conflito e pela permuta, para que ampliemos a capacidade de enxergar com mais exatidão as questões que supomos terem sido esgotadas. ...

A melhor instituição será a que mais expandir as condições para o amor.
O melhor homem será o que mais apresentar tenacidade em amar.
A melhor Casa será a que mais implementar o regime de amor em grupo, imprimindo a seus deveres um caráter educacional.

...

O núcleo espiritista deve sair do patamar de templo de crenças e assumir sua feição de escola capacitadora de virtudes e formação do homem de bem, independentemente de fazer ou não com que seus transeuntes se tornem espíritas e assumam designação religiosa formal.

Elaboremos um programa educacional centrado em valores humanos para dirigentes, trabalhadores,
médiuns, pais, mães, jovens, velhos, e o apliquemos consentaneamente com as bases da Doutrina.

Saber viver e conviver serão as metas primaciais desse programa no desenvolvimento de habilidades e
competências do espírito.

O que faremos para aprender a arte de amar? Como aprender a aprender? Como desenvolver afeto em
grupo? Como “devolver visão a cegos, curar coxos e estropiados, limpar leprosos, expulsar demônios”?

FDJ - Fraternidade dos Discípulos de Jesus

FALANDO AO CORAÇÃO

A par de nossos esforços em apoiar a preparação e ingresso de novos membros na FDJ, nestes
últimos anos e mais fortemente neste ano de 2006, tem sido nos cobrado pelos companheiros de ideal e
mais especialmente pelo plano espiritual, em diversas casas e regionais, ações objetivas para “Cuidar dos Discípulos que já estão na Fraternidade”.

Em nosso balanço de ação neste sentido, no qual se destaca os Encontros de Discípulos, vimos
duas oportunidades de melhoria: conteúdo e periodicidade. Em termos de conteúdo os Encontros de
Discípulos atendem a necessidade básica de todos os discípulos: entender melhor o propósito e finalidades do discipulado, 3º grau da iniciação, através do estudo do Guia do Discípulo. Em termos de
periodicidade os encontros estão presentes no dia a dia das casas quando da divulgação e do período de 10 semanas em que eles se realizam e, tão somente para os que participam, via de regra, poucas pessoas em comparação ao grande número de Discípulos.

Fato é que, com exceção dos companheiros que se dedicam aos trabalhos relacionados com a EAE e Curso de médiuns, os demais discípulos pouco contato mantém com os demais membros para tratar de
assuntos pertinentes aos nossos ideais e menos ainda aos da FDJ. Tal qual prestar serviços renovadores
através dos testemunhos evangélico-espíritas dentro e principalmente fora da casa espírita.

Entendendo que o Discípulo de Jesus é aquele iniciado que assumiu consigo e com Jesus um
compromisso mais profundo e extenso, é lógico de se entender que suas necessidades de manutenção são também mais profundas e extensas, do que aquela demandada pelos aprendizes e servidores.

Conta-nos uma companheira que trabalhou muitos anos com Edgard Armond que ele frequentemente comentava da necessidade de apoiar, fortalecer e aprimorar os irmãos Discípulos. Tanto é que em seus últimos anos de vida incentivava a abertura de um local exclusivamente dedicado a este propósito, que se chamaria de “Casa dos Discípulos”.

O próprio Mestre exemplificou-nos esta necessidade. Vejamos a atenção por ele dedicada ao
circulo menor de seus discípulos e relatada nos livros Jesus no Lar de Neio Lucio e Ave Luz de Shaolin.

Pelo acima mencionado, e de comum acordo, nossa decisão foi por promover uma nova iniciativa,
que intitulamos “Falando ao Coração”, inspirados nestes encontros de Jesus com seus discípulos e no
Livro homônimo de Edgard Armond. A proposta desta iniciativa é arejar a mente e, principalmente, o
coração dos que seguem em nossas fileiras, cheios de boa vontade, mas nem sempre felizes, nem sempre em sintonia com a palavra do Mestre quando nos dizia:

... eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.

... Eu sou o bom pastor;


João 10:10-11

Se vós permanecerdes na minha palavra,verdadeiramente sois meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará.

João 8:31-32

... Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos,se tiverdes amor uns aos outros.

João 13:35

Nisto é glorificado meu Pai,que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.


João 15:8

Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens.


Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.


Mateus 5:13-16

Cabe ainda apontarmos que o conclame de Bezerra por renovações em nós e em nossa seara espírita, exarado no Livro Atitude de Amor, ainda que não tenha sido a origem objetiva desta iniciativa, resume os propósitos e servirá de inspiração e base para nossas ações, pelas quais objetivamente nos incluímos neste movimento renovador.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Atitudes

A vida tem a cor que nós pintamos. Pensando bem, cada um de nós, ao fazermos nossas opções, escolhemos caminhos, desenhamos de certa forma o nosso futuro.

A ideia é de que nós vivamos o presente da maneira que melhor nos aprouver, contudo, vamos pavimentando as trilhas do nosso amanhã, vamos construindo o nosso futuro.

Perder tempo com coisas fúteis é problemático. Recompor o que passou faz uma diferença significativa, daí a sentença “podemos matar o tempo, mas ele também nos enterrará”.

Pensando bem estes cuidados são necessários, porque o amanhã chega, quer estejamos preparados ou não. A sabedoria popular inclusive nos ensina “quem não quiser quando pode, quando quiser poderá não poder”.


Os cenários, portanto, precisam de observação continuada. Aquilo que se apresenta a nós deve ser analisado buscando saber se nos será útil ou não, se nos fará mal ou não.

Paulo, o Apóstolo, que tinha a lucidez da razão, nos adverte com sabedoria: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém".

Quis dizer com isso que tudo nos é permitido, mas que a razão nos deve orientar de que nem tudo nos convém.

Do ponto de vista físico, quando comemos ou bebemos algo que nos faz mal, não pensamos no depois, mas o depois é fatal.

Se nosso organismo é frágil a certo tipo de alimento, devemos pensar nas consequências antes de ingeri-lo, mesmo que a nossa vontade diga o contrário.

Perguntemo-nos: E depois? Como será depois?

Não adianta ignorarmos as variações. Nada deixa de existir pelo simples fato do desconhecimento. Fatos há quem diga serem até teimosos, repercutem mesmo quando se tenta ocultá-los. Petrônio Portella (Petrônio Portella Nunes, foi advogado e político brasileiro de atuação destacada na nossa política), ele dizia “ninguém briga com fatos”. Fato é realidade, aconteceu.

A civilização chinesa nos ensina que semear é decisão e responsabilidade de cada um, todavia a colheita é consequência, só se colhe o que se plantou.

No ditado popular: “Quem Planta Vento, Colhe Tempestades”.

Um novo dia amanhece para quem está desperto, atento, procurando descortinar o que é melhor, buscando um posicionamento ideal. A falta de interesse, a decisão que se arrasta, mata qualquer negócio.

A sabedoria popular diz que: Matar um elefante é fácil, difícil é remover o cadáver. Muitas vezes incomoda o resto da vida.

É assim que nossas atitudes devem ser vistas e analisadas, será que ao tomarmos certas decisões, não estaremos matando um elefante como diz o ditado popular.

Meus irmãos, o ser humano é o único dotado de razão, por isso somos chamados de racionais.
Ser racional é raciocinar com sabedoria, é saber discernir, é saber pensar, utilizar o bom senso e a lógica antes de qualquer atitude.

Kardec relaciona isso a Fé, ele diz que a fé deve ser raciocinada e não uma fé cega.

Todavia, boa parte de nós não age com a sabedoria necessária para evitar problemas e dissabores perfeitamente evitáveis.
Costumeiramente, agimos antes e pensamos depois, e na maioria das vezes, tardiamente, quando percebemos que os resultados da nossa ação nos infelicitam.

Se tivermos vontade de fazer uso de drogas, por exemplo, sejam elas socialmente aceitas ou não, pensemos no antes e no depois. Será que suportaremos corajosamente as enfermidades decorrentes desses vícios? Ou será um preço muito alto por alguns momentos de satisfação?

Quando sentimos vontade de usar o nosso cartão de crédito, pela facilidade que ele nos oferece, costumamos pensar no depois? Pensar em como vamos pagar a conta? É claro que não, simplesmente agimos por impulso e compramos.

Assim as nossas prateleiras...

E no campo moral? Como é a nossa participação?

No campo da moral não é diferente. Quando surgi a vontade de gozar alguns momentos de prazer, será que pensamos? No depois?

Quais serão as consequências do ato que desejamos realizar? Será que as suportaremos corajosamente, sem reclamar de Deus, nem jogar a responsabilidade sobre os outros?

Ouvimos diariamente companheiros nossos falar a respeito do vazio que sentem na intimidade e da consciência marcada pelos atos inconsequentes que praticaram durante a vida.

Alguns dizem que buscaram, na atividade profissional, tirar proveito de todas as situações. Arranjavam tudo com algum jeitinho, mas nunca haviam pensado nas responsabilidades do depois.

E quando o depois chega, ficam a lastimar pelos seus atos e atitudes que tiveram e que na maioria das vezes funcionou como a Lei de Gerson.

Dessa forma, antes de tomar qualquer atitude, questionemos a nós mesmos se ela é boa, é sensata por que, depois.

Porém há atitudes que tomamos que fazem bem ao coração e àqueles que são atingidos por elas.

Uma delas é a prática da caridade e do amor ao próximo e essencialmente à atitude de amarmos, e praticarmos a Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

No livro Lindos casos de Bezerra, a grandes exemplos de atitudes que só fizeram bem. Uma delas vou passar a vocês contando a história.
O abraço de Dr. Bezerra de Menezes...
Um abraço em nome de Deus faz maravilhas!
Bezerra de Menezes acabava de presidir a uma das sessões públicas da Casa de Ismael, na Av. Passos - RJ.
Era uma terça-feira do mês de junho de 1896.
Sua palavra esclarecida e carinhosa, à moda de uma chuva fina e criadeira, no dizer de M. Quintão, penetrava nas almas de quantos encarnados e desencarnados lhe ouviam a evangélica dissertação sobre uma Lição do "Livro da Vida"!
Os olhos estavam marejados de lágrimas, tanto de ouvintes como os do próprio orador.
Acabada a sessão, descera Bezerra com passos tardos, ainda emocionados, as escadas da Federação Espírita Brasileira.
E ia, humildemente, indagando dos mais íntimos, se ferira alguém com sua palavra e que se isso fizera lhe perdoassem o descuido enquanto descia ia afagando a todos que o esperavam ávidos dos seus conselhos, do seu sorriso, do seu olhar manso e bom.
Já ao pé da escada, localizou um companheiro, de seus 45 anos, cabelos em desalinho, com a roupa suja e amarrotada.
Os dois se olharam. Bezerra compreendeu logo que ali estava um caso, todo particular, para ele resolver.
bem aventurados os que têm olhos no coração!

E Bezerra os tinha e tem!
Ele levou o desconhecido para um canto e lhe ouviu, com atenção, o desabafo, o pedido.
- Dr. Bezerra, disse o companheiro, estou sem emprego, com a mulher e dois filhos doentes e famintos...

E eu mesmo, como vê, estou sem alimento e febril.
Bezerra apiedado verificou se ainda tinha algum dinheiro.
Ele não o tinha, dava tudo aos que necessitavam...

Nada encontrou nos bolsos. Apenas a passagem do bonde...

Tornou-se mais apiedado e apreensivo.

Levantou os olhos já molhados de pranto para o Alto e, numa prece muda, pediu inspiração a seu anjo tutelar e solucionador de seus problemas.

Depois, virando-se para o companheiro, disse:

- Meu filho, você tem fé em Deus?

-Tenho e muita Dr. Bezerra!

- Pois então, em seu santíssimo nome, receba este abraço.

E abraçou o desesperado irmão, envolvente e demoradamente.

E, despedindo-se:

-Vá, meu filho, na paz de Jesus e sob a proteção do Anjo da Humanidade.

E, em seu lar, faça o mesmo com todos os seus familiares, abraçando-os, afagando-os. E confie no amor de Deus, que seu caso há de ser resolvido.

Bezerra partira.

A caminho do lar, meditava, teria cumprido seu dever, será que possibilitara ajuda ao irmão em prova, faminto e doente?

E arrependia-se por não lhe haver dado senão um abraço.

Não possuía nenhum dinheiro.

O próprio anel de grau já não estava em seus dedos, Tudo havia dado. Não tendo dinheiro dera algo de si mesmo, vibrações, bom ânimo, moeda da alma, ao irmão sofredor e não tinha certeza de que isso lhe bastara...

E, neste estado de espírito, preocupado pela sorte de um seu semelhante, chegou ao lar.

Uma semana se passara.

Bezerra não se recordava mais do sucedido.

Muitos eram os problemas.

Após a sessão de outra terça-feira, descia as escadas da Federação.

Ali alguém, no mesmo lugar da escada, trazendo na fisionomia toda a emoção do agradecimento, tocou-lhe o braço e diz:

-Venho agradecer-lhe, Dr. Bezerra, o abraço milagroso que me deu na semana passada, neste local e nesta mesma hora. Daqui saí logo me sentindo melhor. Em casa, cumpri seu pedido e abracei minha mulher e meus filhos. Na linguagem do coração, oramos todos a Deus. Na água que bebemos e demos aos familiares, parece, continha alimento, pois dormimos todos bem.

No dia seguinte, estávamos sem febre e como alimentados... E veio-me uma inspiração, guiando-me a uma porta que se abriu e alguém por ela saiu, ouviu meus problemas, condoeu-se de mim e me deu um emprego, no qual estou até hoje. E venho lhe agradecer a grande dádiva que o senhor me deu, arrancada de si mesmo, maior e melhor do que dinheiro!

O ambiente era tocante!

Lágrimas caíam tanto dos olhos de Bezerra como do irmão beneficiado e desconhecido.

E uma prece muda, de dois corações unidos, numa mesma força gratulatória, subiu aos céus, louvando aquele que é, em verdade, a porta de nossas esperanças, o advogado querido de todas as nossas causas!

Atitudes podem ser para o bem ou para o mal, elas nos atinge sejamos nós que as pratiquemos ou que sejam praticadas por outros, nisso esta clara o funcionamento de uma lei que não foi criada pelo homem, a lei de causa e efeito.

Devemos nos lembrar de que nos disse Jesus: “Fazei ao seu próximo tudo aquilo que quereis que façam a ti”

Justiça Viva

A maldição do Senhor habita na casa do perverso,

porém a morada dos justos ele abençoa.

Prov. 3:33

O justo é sempre abençoado pelo que faz. A sua sensibilidade mais profunda registra a justiça divina e confia tanto na lei que abençoa toda agressão que surge em seu caminho, sem irritação ou tristeza. Ele anda como se tudo estivesse sorrindo, sorrindo também.
A consciência é um juiz implacável; ela não se esquece do mal que fazemos, até que o erro seja reparado.
A justiça viva se faz através do tempo, por força da lei que nos protege e disciplina, quando convém ao Senhor.
A igualdade é um clima universal, porém a justiça coloca cada um no lugar que lhe cabe por direito evolutivo.
A punição é somente para quem erra. A alma pura canta no palco da consciência, solfejando a canção da justiça universal, enquanto o perverso carrega um fardo, cujo peso depende das maldades praticadas.
Ninguém foge do tribunal interno e, quanto mais dissimular exteriormente, mais se compromete por dentro. A justiça superior agem em todas as dimensões da vida. A justiça é o amor em feição diferente.
Ajusta-te na oração todos os dias, que ela te ajudará no auto-aperfeiçoamento. A prece é a misericórdia diante da justiça.
Não deves intentar fazer justiça ao culpado por conta própria. Basta-lhe a consciência que nunca dorme no seu dever de julgar e corrigir.
Esforça-te sempre para entrar na escola dos justos, e ser-te-á dado um prêmio que se chama paz.
A Justiça Divina é grandiosa. O ar que circula em todos os departamentos da natureza alimenta vidas. Todavia, quando o homem sente falta dele, o culpado não é Deus, mas sim, o próprio homem. Evita a poluição mental e física, porque o Senhor jamais faltou com o Seu trabalho, sustentando-nos a existência.


DO LIVRO: Gotas de Amor

PELO ESPÍRITO: Carlos

PSICOGRAFIA: João Nunes Maia

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MILAGRE?...FATALIDADE?...ACASO?...LIVRE ARBÍTRIO?...ALGUNS ARGUMENTOS ESPÍRITAS




Thomas Magill, um americano de 22 anos, sofreu uma queda do 39º andar de um prédio em Manhattan, Nova York. Ele caiu sobre um carro estacionado na rua, seu corpo atravessou o vidro traseiro e se espatifou no banco de couro do Dodge Charger. Magill caiu, mais ou menos, a uma velocidade de 160 quilômetros por hora e sobreviveu.

Milagre?... Fatalidade?... Acaso?...Acidente?...

Há muitos fenômenos naturais que desafiam a razão humana e permanecerão na dimensão do incognoscível no círculo da ciência tradicional por um bom tempo. No episódio Magill, será que houve uma interseção do Plano Espiritual, ou seja, teriam os Espíritos neutralizado os efeitos da Lei da Gravidade e por conseqüência diminuído a extensão do impacto sobre o carro? Por que em vários outros fatos semelhantes não há esse tipo de suposta intervenção espiritual?

Acaso é uma palavra vazia de significado e nem sequer existe no dicionário espírita. Milagre? Para os espíritas, o milagre seria uma postergação inconcebível das leis eternas fixadas por Deus – obras que são da sua vontade – e seria pouco digno da Suprema Potência exorbitar da sua própria natureza e variar em seus decretos. Então, haverá fatalidade nos acidentes e/ou acontecimentos outros da vida, conforme o sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer, os acidentes e/ou acontecimentos diversos são predeterminados? E o livre-arbítrio, como ficaria? A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. E mais ainda, “fatal”, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é, segundo o Espiritismo.

Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se o instante da morte ainda não chegou, não morreremos? Segundo os Espíritos, não desencarnaremos e sobre isso temos muitos de exemplos. De fato, em todas as épocas, muitas criaturas têm saído ilesas das mais extremas situações de perigo. Por outro lado, porém, haverá quem questione: - Mas com que fim passam certas pessoas por tais perigos que nenhuma conseqüência grave lhes causam? Na questão 855 do Livro dos Espíritos, o assunto é melhor explicado pelos Espíritos: “Se escapas desse perigo, quando ainda sob a impressão do risco que correste, cogitas, mais ou menos seriamente, de te melhorares, conforme seja mais ou menos forte sobre ti a influência dos Espíritos bons”.

O tema e o estudo sobre fatalidade têm múltiplas facetas. Devem ser considerados sob diversos ângulos. A fatalidade existe unicamente pela escolha que fazemos, ao encarnar, desta ou daquela forma para sofrer. Escolhendo-a, instituimos para nós uma espécie de destino, que é a consequência mesma da posição em que venhamos a nos achar colocados. Se estamos cumprindo, no uso de nosso livre-arbítrio, a programação reencarnatória, não há como, pois, sermos visitados pela fatalidade. Por isso, cremos que não há livre-arbítrio nem determinismo absolutos na encarnação, mas liberdade condicionada.

Destarte, a Doutrina dos Espíritos, embasada em O Livro dos Espíritos, não respalda a ideia de fatalidade, merecendo por isso leitura e reflexão. Então, qual a finalidade desses acidentes que causam tanto espanto? Como a Justiça Divina pode ser percebida nessas situações extremas? Por que algumas pessoas escapam, e outras não, de quedas, por exemplo, como vimos acima, lembrando que fatalidade, destino, azar e sorte são palavras sempre citadas em situações como essa?

A fatalidade física, o momento da morte, virá naturalmente, no tempo e maneira pré-estabelecida, a não ser que o precipitemos, pelo uso de nosso livre-arbítrio, através do suicídio, por exemplo. Instante é um momento, uma fração de tempo indefinido, mais ou menos dúctil, diferente de hora, minuto e segundo da morte. É evidente que Deus a tudo prevê, mas os acontecimentos não estão a isso condicionados; Deus previu as nossas ações, mas nós não agimos porque Deus previu, mas porque utilizamos o nosso livre-arbítrio desta ou daquela maneira, e Ele tinha ciência dessa nossa maneira de agir.

Ora, se usamos bebidas alcoólicas e dirigimos um veículo a 150 km/h, ou atravessamos uma avenida de intenso fluxo de automóveis, de olhos fechados, por exemplo, estamos nos expondo e nos sujeitando à “fatalidade”, mas, antes do nosso procedimento errôneo, utilizamos o nosso livre-arbítrio.

O que essas reflexões têm a ver com o caso do americano que caiu do 39º andar de um prédio em Manhattan, Nova York? Bem, pelo sim, pelo não, cremos que a espiritualidade superior não tem qualquer compromisso com a fatalidade, podendo alterar programações reencarnatórias de acordo com o merecimento do reencarnado. Para tal, sob o prisma espiritual, a fatalidade não é fatal, podendo ser modificada, já que é possível renovar nosso destino todos os dias, e nem duvidemos disso.


Jorge Hessen


http://jorgehessenestudandoespiritismo.blogspot.com